Trabalhador Bombril vs Especialista Supremo
- nicole cunha
- 6 de jun. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de mar. de 2024
Na era atual, onde o acesso à informação é algo disponível a todos, é comum que currículos estejam cheios de cursos e profissionalizações em áreas diversas - através de plataformas digitais que levam a pessoa a um patamar elevado em 9 horas, duas atividades e uma mensalidade de R$11,99.
A grande decisão enfrentada, portanto, é a validação dessa superaquisição de conhecimentos vastos versus a intensificação de um aprendizado específico.
Ao iniciar a matéria "Portfólio" no último período da faculdade, o professor determinou que cada um deveria escolher uma área para chamar de "sua" no projeto - afinal, "você quer ser conhecido por alguém que faz um pouco de tudo, ou alguém que faz muito bem uma coisa específica?"
O ponto que me deixou intrigada nesta fala foi a inquisição sobre a qualidade do ensino remoto atual. Com tantas vertentes de aprendizado, com a modernização dos cursos e a vivência "workaholic" tão famosa nos dias de hoje, será mesmo possível que os cursos digitais não formem um bom profissional? É plausível que ao final de um curso de 40 horas e 2 atividades, o estudante não possa se tornar um mestre? E, por fim, é condizente que uma pessoa foque em uma atividade pelo resto de seus dias?
Meu avô sempre se gabou de trabalhar anos e anos na mesma empresa, "até a aposentadoria". Para ele, é algo a se gabar - para mim, um pesadelo. Trabalhar no mesmo lugar pelo resto da vida? Não, obrigada.
Com esta perspectiva de ambos os lados do espectro - nascidos antes e depois dos anos 2000, a dúvida que permanece é: o que vale mais? Ser um trabalhador "bombril", com mil e uma habilidades - onde o trabalho é variado - ou ser especializado em uma área e conhecido pelo seu vasto conhecimento dentro dela? Um aspecto não necessariamente anula o outro - mas qual é preferível?
Acredite, essa questão é tão complexa que poderíamos facilmente transformá-la em um jogo de tabuleiro: "Trabalhador Bombril versus Especialista Supremo". Cada jogador teria que equilibrar habilidades diversas enquanto busca aprimorar seu conhecimento em uma área específica. Quem conseguir uma pontuação mais alta em "versatilidade" e "domínio especializado" ganha o jogo e um troféu dourado de multitarefas!
Imagino até um comercial animado para esse jogo fictício: "Trabalhador Bombril, o profissional polivalente, é capaz de fazer malabarismos com relatórios, resolver problemas em equipe e ainda dar uma palhinha no karaokê do escritório! Já o Especialista Supremo, com seu vasto conhecimento em uma área específica, impressiona a todos com sua habilidade em encaixar peças do quebra-cabeça profissional de forma brilhante!"
No entanto, mesmo com toda a diversão que essa disputa hipotética pode proporcionar, a verdade é que não existe uma resposta única e definitiva sobre o que vale mais. Cada indivíduo tem suas próprias preferências, habilidades e objetivos de carreira. Alguns podem encontrar satisfação em serem verdadeiros "canivetes suíços" profissionais, enquanto outros preferem se aprofundar em uma área específica e se tornar referências nela. O importante é encontrar um equilíbrio entre diversidade e especialização que se encaixe com sua personalidade e metas profissionais. E, quem sabe, no final das contas, você possa criar seu próprio jogo de tabuleiro com as regras que mais se adequem ao seu estilo de trabalho!
Comments